SOBRE O BLOG

Foto: Roberta Dittz
Tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo, me absorvendo... Assim começa aquela famosa música do Peninha. É o que posso dizer a respeito dos blogs sobre novela. Comecei o blog de Vale Tudo como uma grande diversão para compartilhar coisas da novela, capítulos, imagens e se tornou um trabalho muito bacana de se realizar. Conheci muita gente legal e formei até uma equipe voluntária de jornalistas, atores, admiradores. 

Não podia desperdiçar a oportunidade de criar um blog também para Roque Santeiro. A primeira vez que a novela foi exibida eu ainda era muito pequeno. Lembro-me no entanto de algumas coisas sobre a novela que ficaram muito marcadas. A abertura é a primeira delas. Ainda hoje acho a abertura de Roque Santeiro muito lúdica com trenzinho saindo de uma flor e trabalhadores rurais caminhando por folhas. 

Depois disso, obviamente vem a divertida Viúva Porcina e seu amante Sinhozinho Malta. Porcina estava sempre faminta e aos brados chamava sua Minaaaaaa para lhe trazer uma comida porque ela estava "varada de fome". Malta que vivia afirmando sua superioridade perguntando a todos se estava certo ou errado, além das divertidas tomadas em que aparecia falando com um enorme chifre de touro aparecendo sobre sua cabeça.

Lembro-me que eu queria ser que nem o Roberto Mathias (Fábio Jr.) quando crescesse. Mulherengo e irresistível, Roberto vivia se metendo em confusão por causa de um rabo de saia, mas era divertido e acabei me tornando fã das músicas do Fábio Jr. na época. Na época, repito.

E mesmo sabendo que muita gente não queria Roque Santeiro no lugar de Vale Tudo, volto a dizer que é uma grande experiência assistir esta novela na íntegra. É uma grande aula de história do Brasil, uma história pós-ditadura militar, uma grande aula de dramaturgia, uma grande aula de interpretação... Enfim, Roque Santeiro é imperdível e eu estarei lá, colado no Canal Viva para viver mais esta experiência nostálgica.

E fiquem atentos... pois dizem que Roque Santeiro viveu defendo seu canto e morreu, mas ele ainda é vivente...

Por Jean Cândido Brasileiro