quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ROQUE NÃO ACEITA IR EMBORA E ACABA FICANDO NA CASA DE PORCINA


Depois de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) constatar que a melhor solução para o problema de Asa Branca é Roque (José Wilker) continuar "morto", mesmo que o coronel ofereça dinheiro, o ex-santeiro deixa bem claro que não tem nada a ver com a confusão criada em torno de seu nome e que voltou para ficar custe o que custar.

Contando com o apoio de Padre Hipólito (Paulo Gracindo), Roque acaba enrolando o coronel e o prefeito e ganha mais tempo até que decidam o que fazer. Mas os poderosos afirmam que o "santo" não pode ficar zanzando pela cidade para que mais problemas não sejam criados com seu retorno.

E a solução mais lógica é que ele permaneça na casa de Porcina (Regina Duarte), já que para todos os efeitos os dois são casados. Quem não gosta muito da ideia é Malta que já percebeu que Roque é bem folgado.

Qual será a decisão do coronel com relação ao destino de Roque Santeiro? Não perca!


ABC DO SANTEIRO

Assista o Capítulo 31 exibido nesta terça-feira em Vídeos e preste atenção à sequência onde Roque conta sua história em forma de cordel.

Vote na enquete que está no ar e dê sua opinião sobre qual a melhor música do LP Roque Santeiro Nacional. Para tirar sua dúvida ouça as músicas em Trilha Sonora.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ROQUE E PORCINA SE ENCONTRAM

O prefeito Flô (Ary Fontoura) e Padre Hipólito (Paulo Gracindo) estão apavorados atrás de Roque (José Wilker), assim como Sinhozinho Malta (Lima Duarte). O que o coronel não esperava é que o padre decidisse levar Roque para a casa de sua suposta viúva. 

Enquanto Roque espera do lado de fora, Padre Hipólito resolve preparar o terreno contando que o marido está vivo. É o tempo de Sinhozinho chegar e impedir uma desgraça maior.

Mas este encontro é inevitável e Porcina (Regina Duarte) está desesperada porque sua história virá abaixo. E depois de muita conversa com Malta, a ex-viúva resolve aparecer na sala e encher o "marido" de beijos. 

Como Roque vai reagir a este beijo de uma mulher que ele nunca viu antes? Não perca as emoções de Roque Santeiro!


ABC DO SANTEIRO


A trilha sonora nacional de Roque Santeiro fez muito sucesso na época e mesmo hoje em dia fica difícil escolher qual a melhor música. Tem de tudo ali! Chico Buarque, Dominguinhos, Alceu Valença, Sá & Guarabira, Elba Ramalho, entre outros grandes artistas da nossa música popular. Então resolvemos passar a bola aos leitores. Responda a enquete que está no ar! E para tirar as dúvidas, acesse Trilha Sonora!


Dizem que Roque Santeiro, além de ser um homem por baixo de um santo, é também uma novela que sofreu censura e foi vetada em sua primeira versão de 1975. Mas a censura era bem vivente e colocou sua tesoura em ação em outras obras também. Glória Perez, Gilberto Braga, Dias Gomes, Janete Clair, Walter Durst... Todos sofreram com a ditadura. Saiba mais em postagem do nosso colaborar Rafael Tupinambá em Além de Asa Branca.


Perdeu o capítulo 30, exibido nesta segunda-feira? Assista agora em nossos Vídeos!
Ainda não chegamos no modelo ideal, mas realizaremos ajustes!

ALÉM DE ASA BRANCA - UMA CENTELHA DE DEAFIO E IRONIA EM CADA PERSONAGEM

UMA CENTELHA DE DEAFIO E IRONIA EM CADA PERSONAGEM

Em vez de "se sentar para planejar" os personagens que vai interpretar, José Wilker - como ele revela - prefere ir encontrando cada tipo no seu convívio com as outras figuras da peça ou da novela de que participa. Com essa técnica, muitos traços de sua personalidade acabam por se imprimir no personagem - entre eles, uma centelha de ironia e de desafio ao convencional e uma tendência aos extremos, a não ter limites. "Escolho esses papéis porque escolho isso na vida", diz. São essas as características que ele está emprestando ao seu "Roque Santeiro", cujo reaparecimento agita Asa Branca.

Para José Wilker, Roque Santeiro é bem diferente dos papéis leves, sem muitos conflitos, que vinha fazendo na tele visão - apenas no especial São Bernardo, como ele lembra, teve a oportunidade de viver um personagem mais pro fundo. Por enquanto, Wilker ainda está na fase do "farejar, ouvir e pegar", com relação ao seu Roque, porque prefere h sentindo-o aos poucos. De uma coisa, porém, já tem certeza - de que se trata de um tipo irônico. E explica:

- Roque ficou fora 17 anos e o olho que vem de longe vê mais criticamente o que se passa. Ele vai embora e o que encontra, ao voltar? A situação é tão absurda que só tem duas escolhas: se matar ou rir. Acho que a gente do interior do Brasil, de maneira geral, é dotada dessa ironia e desse senso de humor especiais. Sc assim conseguem sobreviver. Apesar da fome, estão aí, vivendo, com uma más. cara que foram adquirindo, uma couraça muito forte.

Roque Santeiro enriquece uma galeria já muito numerosa de tipos criados por Wilker. Agora mesmo, ele está fazendo outro personagem forte, o sr. Ponza da peça "Assim é, se lhe parece", de Luigi Pirandello e, recentemente, participou das filmagens de "O homem da capa preta", como Tenório Cavalcanti. No cinema, aliás - como ele comenta - foi que fez seus papéis mais controvertidos - um José Wilker invariavelmente satírico, enlouquecido, irônico (como em "Dona Flor", "Bye, bye Brasil", "Chica da Silva" e outros). Diz ele:

- Não acredito que tenha nada, diretamente, de qualquer um desses personagens. Nada do Tenório, nada do Vadinho de "Dona Flor". Mas existe sempre, entre todos eles e eu, um traço comum, pelo menos - sou uma pessoa de extremos, como eles, e não consigo ter meios-termos. O sr. Ponza e Roque Santeiro estão também nos extremos, nos limites. Sou sempre impulsivo, mais apaixonado e emocional que qualquer outra coisa. No fundo, o que me leva é o impulso, o instinto. Não guardo rancor mas, quando agredido, minha resposta é extremamente violenta. No instante seguinte, esqueço tudo.

Uma característica de Wilker é que ele - como está acontecendo agora, no caso de Roque e do sr. Ponza - consegue, sem maiores problemas, fazer mais de um personagem ao mesmo tempo, mesmo que sejam complexos. Certa vez, quando gravava a novela "Anjo mau", filmava como Vadinho, dublava "Chica da Silva" e atuava no palco com "Os filhos de Kennedy". Ele revela o segredo de sua multiplicidade:

- Tenho uma técnica. especial. Claro que passo coisas minhas para meus personagens e levo algumas coisas deles para casa, mas não os levo inteiros. Sempre gostei de usar os personagens para me entender um pouco mais, brigar com meus limites. Mas, fora isso, brinco muito, trabalhando, para relaxar uni pouco. Gravar está sendo muito divertido. No teatro, também, até minutos antes de entrar em cena estou brincando. Levo uma televisão para ver um jogo de futebol, fico ouvindo música no radinho de pilha.

O ator é disciplinado, o homem não. Inquieto, Wilker diz que não quer tranqüilidade. Vive ao sabor de seus novos pensamentos e, além disso, acha que não pode confiar na própria cabeça, porque ela não segue o padrão: "Tem uma coisa incontida dentro de mim que sempre subverte tudo". Mas ele esclarece:

- Quando digo que sou inquieto, não quer dizer que eu seja insatisfeito. Sou capaz de ficar parado no mesmo lugar durante cinco horas, ouvindo ópera. A inquietação a que me refiro está na minha cabeça, é mais metafísica, mais espiritual. Também não estou descontente com o que está acontecendo comigo. E meu descontentamento, na maioria das vezes, se dá do geral para o particular. Não estou satisfeito, por exemplo, com o meu País. Então, reajo com o meu trabalho. Esse meu trabalho é pequeno demais para influenciar o destino do País mas, somado a mil e um outros, pode chegar a alguma coisa.

Hoje, Wilker é casado com Mônica Torres, com quem tem uma filha, Isabel, de cinco meses. E pai, também, de Mariana (de seu casamento com Renée de Vielmond), que está com 5 anos. Ser pai, para Wilker, "é a reinvenção da gente":

- A gente renasce. Acho que, com os filhos, a gente percebe o que o dia-a-dia nos leva a esquecer: o paradoxo da extrema simplicidade e da complexidade do estar vivo. A gente aprende muito mais com os filhos do que eles com a gente.

Ele está muito contente com o elenco "coerente e correto" de "Roque Santeiro". Já atuara ao lado de Lima Duarte, Paulo Gracindo, Ary Fontoura, Regina Duarte. Pela primeira vez, atua com Cássia Kiss. Diz que encontrar os velhos conhecidos, ou conhecer novos colegas, está sendo "uma surpresa feliz". Que procura retribuir, dando alguma coisa de si em seus relacionamentos com os outros participantes da novela.

Por
Mara Bernardes
Jornal O Globo
28/7/1985

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ROQUE CONTA TODA A VERDADE PARA PADRE HIPÓLITO


Roque (José Wilker) só queria corrigir seus erros quando voltou a Asa Branca depois de 17 anos. Mas nem imaginou que seu sumiço tivesse consequências muito mais graves. Depois de saber que sua história é contada como um mito e que todos na cidade o consideram santo, o ex-sacristão procurou o Padre Hipólito (Paulo Gracindo) que quase tem um ataque do coração ao rever aquele que todos consideram morto.

Enquanto o Delegado Feijó (Maurício do Valle) e Pombinha (Eloísa Mafalda) estão mortos de curiosidade para saber quem é o estranho que devolveu o ostensório à igreja e está no gabinete do vigário, Roque conta que sempre desejou ir embora de Asa Branca para viver outras aventuras e que foi graças aos livros do padre que descobriu o mundo além da pequena vila onde viviam.

Mas ainda há algo para revelar: como o ostensório estava em suas mãos. O ex-sacristão conta sua história e pede perdão ao padre. O vigário afirma que as consequências da fraqueza de Roque foram muito mais graves do que ele supõe. Será que Padre Hipólito perdoará o suposto santo?

E como os poderosos de Asa Branca reagirão com a notícia?

Não perca as emoções de Roque Santeiro!

O blog tem novidades! Estamos trazendo de volta vídeos com os capítulos de Roque Santeiro. Ainda estamos em ajustes, mas os vídeos dos capítulos 27 a 29 já estão disponíveis na página Vídeos. Acesse agora e não perca o ABC do Santeiro.

Leia matéria de 1985 sobre José Wilker, o Roque Santeiro, em Além de Asa Branca.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O ENCONTRO DE ROQUE E PADRE HIPÓLITO


Roque (José Wilker) voltou para Asa Branca. Ainda bastante confuso de ser nome de praça e começando a descobrir a história de seu mito. O "mártir" da pequena cidade devolveu o ostensório roubado da Paróquia, o que fez com que D. Pombinha (Eloísa Mafalda) acredite ser um verdadeiro milagre. 

Mas Padre Hipólito (Paulo Gracindo) e Sinhozinho Malta (Lima Duarte) desconfiam que, na verdade, é coisa do bandido Navalhada.

Ainda impactado com as filmagens da Saga de Roque Santeiro, o ex-sacristão começou a indagar sobre esta história e descobre que todos na cidade o consideram santo. Quem vai lhe contar toda a história é Matilde (Yoná Magalhães) que nem desconfia estar frente a frente com o protagonista do mito. 

Roque acha tudo aquilo muito engraçado e sai pela pousada se divertindo muito com toda aquela piada em que se transformou sua história. Mas depois se coloca a pensar em tudo com mais seriedade diante de um S. Francisco de Assis fabricado por ele.

O ex-sacristão só queria voltar, pedir perdão e remediar seu pecado. Depois de rodar a cidade em busca de informações, Roque decide procurar o padre e logo avisa: Padre, eu tô de volta.

Como Padre Hipólito vai reagir a este reencontro? Não perca as emoções de Roque Santeiro!

José Wilker, após acabar as filmagens de "O Homem da Capa Preta", grande sucesso do cinema nacional na década de 80, chega à novela como o protagonista Roque. Leia sobre o modo de construção dos personagens do ator em Além de Asa Branca.

Tá perdendo a novela? Amanhã traremos uma surpresa aos leitores do blog. Aguarde!

ALÉM DE ASA BRANCA - RECORDE DE PÚBLICO NA PRIMEIRA SEMANA NO AR

Roque Santeiro: não há nada mais atraente na tela da televisão. É, pelo menos até agora, o melhor presente que a Globo ofereceu ao público nas comemorações de seus 20 anos. Um espetáculo novo, com a marca inventiva de Dias Gomes, que volta a destilar seu humor fino, usando a sátira com a maior esperteza. O mesmo brilho que manteve o seriado O Bem Amado durante cinco anos no ar, sem o menor sinal de cansaço. Dias Gomes parece conseguir a dose exata de criatividade para driblar o déjà vu da televisão, evitando decolar para a novidade desvairada, nonsense compreensível apenas para um pequeno grupo de iniciados.

A novela estreou com muita força, embalada na publicidade de ter sido censurada às vésperas da exibição, em 1978. Não mostrou nada que justificasse o veto. A família brasileira continua a mesma, e a segurança nacional da Nova República não está nem aí para Roque Santeiro. Prova-se, mais uma vez, que a Censura tinha alguma dificuldade em reconhecer bons espetáculos. O público, no entanto, não padece do mesmo mal: em sua primeira semana no ar, a novela está com uma média de 73,4% de audiência no Rio e 61,3%, em São Paulo. Nenhuma outra novela teve tal performance na estréia. Em seu segundo dia, Roque Santeiro arrebanhou um público de 3 milhões 343 mil pessoas no Rio com um índice de 83%, cada vez mais raro, mesmo na Globo.

Por que tanto sucesso? Diz o público que a história quebra a rotina do horário, mostrando o Brasil brasileiro, tema bissexto na nossa televisão. A cidadezinha de Asa Branca, o coreto na praça e seus personagens meio caipiras acabam sendo mais exóticos do que o pseudo charme cosmopolita, pasteurizado em comportamentos de clichê. Roque Santeiro inova exatamente por esse caminho e por não ter caído na armadilha do novelão que costuma dar certo no horário. Nada de choro e soluço, muita gargalhada arrancada por um elenco escolhido com acerto. E um ritmo frenético da narrativa, sem as habituais esticadas de cena que deixam o espectador com a clara sensação de que está sendo engabelado.

Cenas impagáveis já foram ao ar. As "meninas" da boate Sexus exibindo os traseiros para a dupla moralista D. Pombinha (Heloísa Mafalda) e Mocinha (Lucinha Lins) foi ótima. Assim como os arroubos amorosos entre Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e Porcina (Regina Duarte) que chegam ao clímax nas lambidas de mão e latidos: engraçadíssimos. Aliás, esses papéis parecem ter sido feitos sob medida para os dois. Lima Duarte interpreta um coronel do interior com toda exuberância que o poder regional lhe dá. E o faz de uma forma leve, sem jamais comprometer a linha de humor do texto. Basta lembrar a cena em que perde a peruca no quebra-quebra na Sexus. Levanta devagar detrás da mesa, com o jeito do Moita.

Regina Duarte é uma boa surpresa no papel da mulher escrachada, com o deboche que a fôrma de "namoradinha do Brasil" jamais deixou aparecer, atrofiando sua veia cômica. Em Porcina, está à flor da pele. Muito bom, também, o desempenho de Ary Fontoura, encarnando o prefeito S. Flô.

Mostrou seu talento ao ler o discurso de inauguração da estátua de Roque Santeiro só para prender o misterioso professor Astromar (Ruy Resende) em sua casa até meia-noite, hora em que a candice da cidade diz acontecer sua transformação em lobisomem. Enquanto espreitava o relógio, S. Flô solta um "iiih" que encheu a cena de graça. E Paulo Gracindo, com o Padre Hipólito, está perfeito.

Paulo Ubiratan
Tudo corre bem em Roque Santeiro, por enquanto. A direção de Paulo Ubiratan aproximou a imagem do cinema, usando o close só nos momentos indispensáveis. De resto, muita ação. Um bom exemplo desse tipo ágil de direção foi a inauguração da tal estátua, com a tela repleta de detalhes. Nisso Paulo Ubiratan conta com a cumplicidade de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, encarregado da continuação da história. Os dois evitam, no texto, passagens que conduzam à câmera fechada, imagem quase inevitável em diálogos compridos entre personagens. No script da novela as situações, mais do que o discurso, dão as dicas da história.

O tema da novela é outra novidade. A discussão do mito costuma aparecer com freqüência em teses acadêmicas mas nunca chega ao grande público em linguagem simplificada. E omito está sempre presente, uma passada de olho na História.

Asa Branca vive de Roque Santeiro, a exploração desse santo laico é a espinha da cidade. Assim como outros mitos sustentam governos e civilizações. Roque (José Wilker) entra em cena no capítulo 27, mais vivo do que nunca. A partir desse ponto, a história passa a questionar a ética do poder instalado em Asa Branca. O que fazer? Conviver com a mentira ou encarar a verdade, mesmo que ela signifique a falência, a derrocada dos poderosos e da própria cidade de Asa Branca?

Em 1978 ruía o "milagre econômico", um dos mitos mais cultivados pelo regime militar. A grande ressaca nacional estava logo ali, bem à vista. Entende-se que não era o melhor negócio, para o governo, abrir terreno para esse tipo de discussão. Mais do que o mito, a história de Dias Gomes cutuca a falsidade, o embuste.

Míriam Lage
Jornal do Brasil
7/7/1985

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O RETORNO DO SANTO


Há 17 anos, a cidade de Asa Branca se desenvolveu graças ao mito de seu herói que virou santo: Roque Santeiro. Santeiro porque seu ofício era fabricar imagens de barro enquanto trabalhava como sacristão de Padre Hipólito. Foi graças à morte de Roque e sua fama de milagreiro que Chico Malta, ou melhor, Sinhozinho Malta, pode trazer Porcina, sua amante, para viver na cidade com a alcunha de viúva do santo. 

Graças aos milagres de Roque, Zé das Medalhas ganha bastante dinheiro em seu comércio e o prefeito Florindo  Abelha arrecada bastante imposto para sua administração. Tudo vai muito bem com a presença até de uma equipe que realiza a história para o cinema até uma estranha noite.

Ao som de "De Volta pro Aconchego", grande sucesso de Dominguinhos na voz de Elba Ramalho, um estranho ronda a cidade num luxuoso Mercedes, sob uma forte chuva. O estranho para num bar e pergunta se ali é realmente Asa Branca.

Esta é a primeira cena de José Wilker em Roque Santeiro, que vai ao ar no capítulo 26. A partir daí, a trama dá sua primeira virada com a chegada do santo que todos julgavam ter morrido. Mas Roque não é lá tão santo e vai explicar sua versão da história. 

A partir disso, os poderosos de Asa Branca sentem que os dias podem estar contados para as mamatas a que estão acostumados. 

Com a chegada de Roque, o Canal Viva também espera alavancar a audiência do horário que anda minguando a cada dia. Diferente da época de Vale Tudo, exibida entre Outubro de 2010 e Julho deste ano, Roque Santeiro levou o canal para a sétima posição e agora amarga a 17ª posição.


Ouça De Volta Pro Aconchego, a bela música tema de Roque, na voz de Elba Ramalho em Trilha Sonora. A cantora que completa hoje 60 anos levou a composição de Dominguinhos para as paradas de sucesso na década de 80.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PORCINA SE FAZ DE VÍTIMA E SE DIVERTE ÀS CUSTAS DE ROBERTO


Porcina (Regina Duarte) não é mesmo flor que se cheire. A fogosa noiva de Sinhozinho Malta (Lima Duarte) com certeza não chegou onde chegou com ingenuidade.

Disposta a dar um susto em Roberto Mathias (Fábio Jr.) para se vingar do ator metido a galã, a viúva contrata jagunços para sequestrá-lo.  O intérprete de Roque acredita mesmo que foi o noivo de sua amante quem encomendou o serviço, ainda mais depois de ter recebido uma carta onde Porcina dizia que o romance foi descoberto pelo coronel.

Enquanto todos procuram por Roberto, inclusive Tânia (Lídia Brondi) que acusa o pai de ter sumido com o rapaz, Porcina o procura e fingindo que vai salvá-lo diz que ele deve correr muito, pois Sinhozinho pode chegar a qualquer momento.

Sem dúvida alguma, vai ser diversão garantida para a fogosa viúva.

Não perca essas divertidas cenas no capítulo desta terça-feira em Roque Santeiro!

NOTINHAS DA ÉPOCA

O EX-CANTOR GANHA ESPAÇO COMO ATOR


Tenho comentado aqui, por mais de uma vez, as incertezas da vida artística e o aspecto enganoso do sucesso que chega "de repente" e que, na verdade, é produto do esforço de muitos anos. Temos mais um exemplo em Toni Tornado.

Durante anos, ele fez força para aparecer como cantor, rondava as gravadoras à procura de uma oportunidade - até que despontou num dos festivais internacionais realizados no Maracanãzinho, com a "BR-3". A música não ganhou o Festival daquele ano, mas a figura de Toni Tornado - muito alto, de botas, jaqueta de peito aberto nu, ornado com uma pintura - ficou marcada e os aplausos do público lhe renderam dividendos artísticos, por algum tempo.

Depois, ele voltou a um quase anonimato - e por muitos anos - até que Cacá Diegues foi redescobri-lo para papel importante em "Quilombo", o de Gangazumba, do qual, aliás, saiu-se muito bem. O cantor estava esquecido - ou hibernando - e a Rede Globo lhe dá, agora, duas boas oportunidades como ator: fazendo o Rodésio, servo humilde (para qualquer serviço) da Viúva Porcina (Regina Duarte), na novela "Roque Santeiro", e participando do próximo seriado, que estreará amanhã e tanto promete, baseado na obra de Jorge Amado "Tenda dos Milagres".

Toni Tornado tem ido bem, em "Roque Santeiro". Se estiver igualmente bem em "Tenda dos Milagres", terá trocado de carreira, mas assegurado o seu espaço de bom ator. Ele merece!

(Artur da Távola - 20/7/1985 - O Globo)

Os romances de Tânia (Lídia Brondi) são embalados pela voz de Fafá de Belém. A música "Coração Aprendiz" também fez grande sucesso na época da novela e você pode ouvi-la aqui em Trilha Sonora. Acesse agora.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ROBERTO É SEQUESTRADO POR VIÚVA PORCINA


Roberto Mathias (Fábio Jr.) pensou que seria mais fácil, mas antes de chegar a Asa Branca, o galã nem imaginava que as mulheres da cidade não têm o juízo no lugar. O ator foi se envolver logo com a intempestiva e caprichosa Porcina (Regina Duarte) e agora começando a se dar bem pela bela Tânia (Lídia Brondi), o rapaz tenta se livrar da noiva de Sinhozinho Malta (Lima Duarte).

Mas as coisas podem sair do controle, afinal a viúva de Roque Santeiro não admite ser desprezada e resolve tomar uma atitude capital. O ator sofre uma emboscada e acaba sequestrado. Qualquer pessoa pode ter feito tal ato, afinal Sinhozinho Malta também anda desconfiado do intérprete de Roque na fita. 

Será que Roberto vai ceder aos caprichos da fogosa viúva? Não perca as emoções de Roque Santeiro!

E de boas ideias é que se vive a internet. Rodolfo Hoppe, inspirado pela trilha sonora de Roque Santeiro criou, na falta de um arquivo da época, o teaser do LP Roque Santeiro Nacional. Assista o vídeo e aproveite para escutar o LP em Trilha Sonora.



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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PORCINA SE LEMBRA DE SEU PASSADO


Hoje em dia, Porcina (Regina Duarte) é uma mulher dona de si, altiva e rica. Mas nem sempre foi assim e ainda na infância, a fogosa viúva fez uma promessa. 

Porcina relembra o que marcou a divisão de águas em sua vida. Quando ainda era adolescente, andava com a família no meio do sertão quando encontraram um calango, a única comida em muitas horas de caminhada. 

Depois do alimento pronto, um outro grupo de retirantes briga com sua mãe pela comida e acaba matando a mãe da jovem Porcina. 

Na tumba de sua mãe, que nem pode ser propriamente chamada assim, Porcina promete que não importa o que faça, nunca mais vai passar fome em sua vida.

Não perca este importante momento no capítulo desta segunda-feira.


Problemas com o parceiro que postava os capítulos de Roque Santeiro, fez com que tomássemos a difícil decisão de não mais linkar os videos por aqui. Sabemos que grande parte dos acessos ao projeto se deve pelos capítulos perdidos, entretanto, a Rede Globo está realizando sua caça às bruxas. Já que não podemos garantir que os capítulos serão postados normalmente, optamos por retirar. 
Manteremos o espaço para notícias sobre a novela e também para outras preciosas curiosidades. Continue acompanhando!